MOBILIDADE URBANA
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Uma das tragédias anunciada

28/7/2012

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                            *  Alcebiades Fonseca, terça, 30 de Agosto de 2011 às 11:10

·A Divisão Técnica de Transportes e Logística do Clube de Engenharia não poderia ficar silente diante do absurdo acidente ocorrido com o bonde de Santa Tereza no domingo, 28 de agosto de 2011. Na condição de Chefe dessa DTE, eu me sinto obrigado a um esclarecimento público, visando a contribuir com o entendimento da questão.
As primeiras manifestações da mídia, procedidas a partir de pareceres preliminares das autoridades do estado, atribuem a causa do ocorrido a uma possível superlotação. Cabe então esclarecer que mesmo que o bonde estivesse sobrecarregado de passageiros, isto não provocaria o mau funcionamento do sistema de freio que foi detectado na observação visual feita por técnicos às rodas e sapatas expostas à perícia. Simplesmente porque uma superlotação, aumentando a carga transportada - e, portanto a inércia em movimento - ¬faria o bonde prosseguir no seu percurso, mas neste caso arrastando as rodas presas pelas sapatas de freio, situação que seria - se fosse o caso - facilmente observada sobre a superfície de rolamento dos trilhos.
A verdade - que será confirmada pela perícia oficial - é que o sistema de frenagem pneumática não funcionou, e mesmo com as sapatas encostando nas rodas não houve entre elas pressão suficiente para reter o giro das rodas. Quer dizer, o circuito de ar comprimido devia estar convivendo com algum vazamento que bem poderia ter-se manifestado no instante em que o condutor acionou, pela primeira vez, o freio. Tanto é que há testemunhas de que o condutor gritava, sugerindo que as pessoas saltassem do bonde.
Esta descrição é facilmente compreendida pelo cidadão comum, a mesma pessoa que concluirá que o problema é "falta de manutenção". Quando isto estiver confirmado formalmente, haverá que se responsabilizar o estado, a mesma instituição que teria feito um "retrtofit" nos bondes. Contudo, o bonde em questão não faz parte do grupo dos corrigidos.
Aliás, caso a superlotação fosse a causa, o estado estaria responsabilizado pelo fato de não colocar uma quantidade de carros compatível com o tamanho da população fixa e móvel daquele aprazível bairro da Capital. Parece difícil ao estado - no caso, à Secretaria de Governo de Transportes - se eximir da culpa do ocorrido.
Aliás, o cargo da dita Secretaria pede, há muito tempo, alguém da área. A opção governamental por um comando estranho às peculiaridades do campo da engenharia de transportes é um risco que a população do Estado do Rio de Janeiro não merece correr, embora as qualificadas assessorias dos secretários.
Lembro que acidentes no âmbito dos bondes de Santa Teresa não são inéditos. Pelo contrário, há dois anos um deles perdeu o freio, chocou-se com um carro e uma senhora morreu atropelada por um ônibus ao saltar do bonde. O absurdo foi culpá-la da própria morte. Recentemente, o passageiro caiu dos Arcos pela falha no guarda corpo. Não são esses exemplos suficientes para apoio à mudança da opção governamental?



                                                                                                                                                                                                                                      * Engenheiro Eletricista
  Chefe da Divisão Técnica de Transportes e Logística do Clube de Engenharia



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Proposta de plataforma de campanha majoritária em 2012

28/7/2012

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Programa de Mobilidade Urbana para região Metropolitana do Rio de Janeiro

(proposta de plataforma de campanha majoritária em 2012)

  • Implementar regulação efetiva, por parte do poder concedente, sobre tarifas praticadas pelos concessionários e permissionários, para evitar cartel dos operadores;
  • Abertura das planilhas de custos e receitas das empresas que operam o transporte público por concessão ou permissão;
  • Criar o Conselho Municipal de Mobilidade paritário e com poder decisório, em parceria com o Legislativo;
  • Incentivar iniciativas de empreendimentos de melhoria da Mobilidade, principalmente nos modais metro-ferroviário e aquaviário, em forma de PPP, para aumentar as opções dos moradores da Cidade e evitar ambiente econômico de monopólio;
  • No transporte individual, otimizar as condições urbanas para contemplar essa parcela que fica segregada pelas limitações sócio-econômicas;
  • Ampliar efetivamente a abordagem da sustentabilidade sócio-ambiental;
  • Rever as metas de Mobilidade relativas aos mega-eventos, para reavaliar o real potencial de legado que ficará dessas iniciativas;
  • Rever o Plano Diretor de Transporte Urbano, junto com o Legislativo, detectando a real demanda de cada bairro, e sua vocação urbana, contrastando com a real capacidade do modal de transporte escolhido pela atual gestão. Há sérios indícios de que a escolha do BRT não é adequada para alguns corredores de tráfego consolidados na Cidade, a partir de alguns indicadores técnicos encaminhados ao Legislativo e que não são condizentes com a densidade populacional no entorno desses corredores;
  • Avaliar a conveniência de ampliar o transporte por meio de teleférico, pelo fato de estigmatizar as comunidades atendidas por esse modal;
  • Empoderar as instituições técnicas, histórica e legalmente acreditadas em todos os temas que digam respeito a urbanismo, resgatando o diálogo, perdido nas últimas gestões, entre governo, sociedade e entidades representativas credenciadas;
  • Aproximar o Legislativo das iniciativas voltadas para novas políticas de mobilidade, na direção da maior participação nas propostas orçamentárias e legislação relativa a transporte e mobilidade;
  •  Criar um canal formal que vise à discussão dos projetos do Estado que se referem a equipamentos urbanos de transporte essencialmente municipal, mas que são geridos pelo Estado
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O movimento da Gávea foi o primeiro

28/7/2012

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Antigamente tudo que os portugueses faziam era motivo de piadas. Hoje, quem alimenta o anedotário popular é o governo carioca (só não se brinca com notícia de morte em acidente de helicóptero): a mais nova piada está em todas as mídias do país, impressa, virtual e televisada. A mobilidade carioca está se adaptando aos padrões chineses, segundo os técnicos da famosa Secretaria de Transporte do Estado, e certamente o gerente de projetos da concessionária MetrôRio foi quem os instruiu a dizer isso: o metrô do Rio está fora dos padrões mundiais. É mui engraçado! Os outros metrôs do país, não! O mesmo carro de metrô do Rio circula em Brasília há 12 anos, fabricado sob supervisão da Budd Company, nos USA, com especificações francesas. A Mafersa fez também os carros de metrô de São Paulo e Chicago, nos mesmos padrões herdados dos americanos sem falar nos trens fornecidos para várias ferrovias nacionais e estrangeiras.

Hoje, porém, não prevalece nas empresas privatizadas a competência ou o conhecimento tácito (talvez eles nem saibam o que é isso), pois quando o ex-técnico em computação de tráfego da estatal virou gerente de projetos de operação do MetrôRio, pela mágica da privatização, e foi à China com o presidente José Gustavo e o secretário de transportes Júlio Lopes, esqueceu de levar uma trena e um engenheiro, mas não esqueceu de como se engana o povo, usando papel timbrado em papel jornal: rapidamente a imprensa carioca explicou que os pilotis e plataformas foram cortados nos túneis e estações do metrô do Rio porque estavam fora do padrão de carro de metrô chinês.

É muito conveniente dizer que o padrão do mundo é "carro de metrô sem motor", e os chineses fazem sem motor para ficar mais barato, porque aí justifica "mandar a 'peãozada' empunhar as makitas e por mãos à obra" no concreto das plataformas de embarque. É muito mais barato do que cancelar os contratos de muitos "yuans" a longo prazo, e os diretores técnicos do metrô também não perdem seus empregos. Os jornais paulistas só fazem piada das competentes soluções dos gestores da política de transporte carioca, pelo menos dos parceiros privados do governo.

Retirar dois motores de um carro significa retirar um peso de 800 quilos, ou 12 pessoas. O super Secretário Julio Lopes disse que os carros chineses carregam 60 pessoas a mais. Será que é mesmo o 'balanço' do carro mais leve que vai fazê-lo bater nas paredes? Tira 12, põe 60, fica quanto? Será que o governador endossa essas declarações da Casa Civil e do super-secretário de transporte, que está acabando também com os bondes de Santa Tereza? Provavelmente, pois desde quando ainda era presidente da ALERJ, há 15 anos, o mentor da única privatização total de transportes de uma cidade brasileira tem um plano a longo prazo.

O metrô do Rio foi implantado por consultoria francesa (Sofretu), um braço empresarial da RATP (empresa estatal francesa que gere, há 60 anos, as redes de metrô e alguns ônibus de Paris), para a qual o último governo militar do Brasil pagou uma "grana". Eles também implantaram os metrôs de Santiago do Chile, Marseille, a linha 4 de S.Paulo e muitos outros pelo mundo afora, nas últimas décadas do século XX. Será que todos foram montados errados? Os técnicos do metrô de São Paulo vieram ao Rio, várias vezes, para observar as diferenças, já que o sistema deles seguia protocolos americanos de operação (alimentação elétrica não socorrida, sinalização de espaçamento menos vigiada, proteção de rotas menos intertravada, centro de controle de operação não sistêmico, ausência da superelevação dos trilhos para reduzir desconforto e aumentar limite de velocidade, carros sem ar condicionado, etc.). Ou seja, protocolos europeus eram mais seguros, mais caros, mais avançados e por isso mais perenes. Portanto, essa leviandade das secretarias de estado desqualificar os padrões construtivos do metrô carioca não pode ficar sem resposta da classe especializada atingida; porque a reação do povo atingido tem-se frustrado repetidamente - até o MP carioca tem-se mostrado insensível às ações populares. Recentemente os magistrados do TJRJ concluíram que o motorneiro do bonde de Santa Tereza, acidentado naquela tragédia, foi o verdadeiro culpado pela sua própria morte e dos outros seis passageiros. Se no metrô ainda não houve nenhuma tragédia, por que acatar qualquer denúncia?

A piada então é a seguinte: se o novo padrão mundial chinês de mobilidade fez carros maiores e mais "leves”, então vamos cortar as paredes, pilotis e plataformas dos túneis e estações do nosso velho metrô. Ah, mas é só no Rio de Janeiro, capital cultural da Humanidade. Quanto custou esse título, uma eleição?

Pra finalizar, quero lembrar que foi no movimento iniciado na Gávea, em protesto contra a "gambiarra" da linha do metrô da Barra, que pela primeira vez surgiu, pelos atentos cidadãos Atílio Flegner (aluno da PUC) e Ricardo Novaes (ativista do movimento do terminal pesqueiro da Ilha), a denúncia da mais nova "lambança" do metrô carioca, o único que se mantém privatizado há 13 anos, no Brasil - e se depender do nosso governo, ficará por mais umas décadas realizando prodígios de gestão público-privada de patrimônio bilionário do povo, com assessoria jurídica igualmente prodigiosa.

   

        Abrçs.

        Fábio Tergolino.



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